Hoje senti falta...
De uma velha e grandiosa árvore
que ficava bem no centro do quintal,
sua copa cheia, tronco largo,
largas folhas e muitos galhos,
onde os passarinhos se aninhavam e cantavam
e no galho mais baixo havia um balanço.
E nos dias de vento,
se balançar era como voar
sentir a brisa vindo das folhas
as pernas balançando,
o corpo fazendo a força para a cada segundo ir mais alto
e por frações do tempo,
eu soltava as mãos,
fechava os olhos e me sentia leve,
mas leve que o ar,
era como se eu fosse somente minha alma
me sentia flutuar.
No outono as folhas caíam
e o balançar tinha outro signifado,
sentada no balanço
notava a vida se renovar
e em meio a chuva de folhas,
eu podia sentir que tudo
iria recomeçar.
O inverno era frio
e o balanço sempre parecia tão sozinho,
sem ninguém a balançar.
Porém, sem falhar, a estação tornou-se primavera...
E o balanço?
Continuava a fazer-me voar.
Sinto saudade de quando criança
que no balançar chegava ao céu,
sinto falta dessa liberdade
nostalgia da boa.
Abraço, para quem é de abraço.
Bodhisttva!
Nenhum comentário:
Postar um comentário