quarta-feira, 24 de março de 2010

liberdade era pouco... o que me pertencia, tinha outro nome.

Hoje senti falta... 
De uma velha e grandiosa árvore 
que ficava bem no centro do quintal,
sua copa cheia, tronco largo, 
largas folhas e muitos galhos,
onde os passarinhos se aninhavam e cantavam
e no galho mais baixo havia um balanço.

E nos dias de vento, 
se balançar era como voar
sentir a brisa vindo das folhas
as pernas balançando, 
o corpo fazendo a força para a cada segundo ir mais alto
e por frações do tempo,
eu soltava as mãos, 
fechava os olhos e me sentia leve, 
mas leve que o ar, 
era como se eu fosse somente minha alma
me sentia flutuar.

No outono as folhas caíam
e o balançar tinha outro signifado,
sentada no balanço 
notava  a vida se renovar
e em meio a chuva de folhas,
eu podia sentir que tudo
iria recomeçar.

O inverno era frio
e o balanço sempre parecia tão sozinho,
sem ninguém a balançar.
Porém, sem falhar, a estação tornou-se primavera...
E o balanço?
Continuava a fazer-me voar.

Sinto saudade de quando criança
que no balançar chegava ao céu,
sinto falta dessa liberdade
nostalgia da boa.


Beijo, para quem é de beijo.
Abraço, para quem é de abraço.
Bodhisttva!

Nenhum comentário: