sábado, 23 de abril de 2011

#EUSOUGAY

Adriele Camacho de Almeida, 16 anos, foi encontrada morta na pequena cidade de Itarumã, Goiás, no último dia 6. O fazendeiro Cláudio Roberto de Assis, 36 anos, e seus dois filhos, um de 17 e outro de 13 anos, estão detidos e são acusados do assassinato. Segundo o delegado, o crime é de homofobia. Adriele era namorada da filha do fazendeiro que nunca admitiu o relacionamento das duas. E ainda que essa suspeita não se prove verdade, é preciso dizer algo.
Eu conhecia Adriele Camacho de Almeida. E você conhecia também. Porque Adriele somos nós. Assim, com sua morte, morremos um pouco. A menina que aos 16 anos foi, segundo testemunhas, ameaçada de morte e assassinada por namorar uma outra menina, é aquela carta de amor que você teve vergonha de entregar, é o sorriso discreto que veio depois daquele olhar cruzado, é o telefonema que não queríamos desligar. É cada vez mais difícil acreditar, mas tudo indica que Adriele foi vítima de um crime de ódio porque, vulnerável como todos nós, estava amando.
Sem conseguir entender mais nada depois de uma semana de “Bolsonaros”, me perguntei o que era possível ser feito. O que, se Adriele e tantos outros já morreram? Sim, porque estamos falando de um país que acaba de registrar um aumento de mais de 30% em assassinatos de homossexuais, entre gays, lésbicas e travestis.
E me ocorreu que, nessa ideia de que também morremos um pouco quando os nossos se vão, todos, eu, você, pais, filhos e amigos podemos e devemos ser gays. Porque a afirmação de ser gay já deixou de ser uma questão de orientação sexual.
Ser gay é uma questão de posicionamento e atitude diante desse mundo tão miseravelmente cheio de raiva.
Ser gay é ter o seu direito negado. É ser interrompido. Quantos de nós não nos reconhecemos assim?
Quero então compartilhar essa ideia com todos.
Sejamos gays.
Independente de idade, sexo, cor, religião e, sobretudo, independente de orientação sexual, é hora de passar a seguinte mensagem pra fora da janela: #EUSOUGAY
Para que sejamos vistos e ouvidos é simples:
1) Basta que cada um de vocês, sozinhos ou acompanhados da família, namorado, namorada, marido, mulher, amigo, amiga, presidente, presidenta, tirem uma foto com um cartaz, folha, post-it, o que for mais conveniente, com a seguinte mensagem estampada: #EUSOUGAY
2) Enviar essa foto para o mail projetoeusougay@gmail.com
3) E só :-)
Todas essas imagens serão usadas em uma vídeo-montagem será divulgada pelo You Tube e, se tudo der certo, por festivais, fóruns, palestras, mesas-redondas e no monitor de várias pessoas que tomam a todos nós que amamos por seres invisíveis.
A edição desse vídeo será feita pelo Daniel Ribeiro, diretor de curtas que, além de lindos de morrer, são super premiados: Café com Leite e Eu Não Quero Voltar Sozinho.
Quanto à minha pessoa, me chamo Carol Almeida, sou jornalista e espero por um mundo melhor, sempre.
As fotos podem ser enviadas até o dia 1º de maio.
Como diria uma canção de ninar da banda Belle & Sebastian: ”Faça algo bonito enquanto você pode. Não adormeça.” Não vamos adormecer. Vamos acordar. Acordar Adriele.
— Convido a todos os blogueiros de plantão a dar um Ctrl C + Ctrl V neste texto e saírem replicando essa iniciativa —

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Paixodade

E se eu quiser desabafar?
E se eu quiser sufocar?
E se eu só quiser respirar?
Poderei eu viver, fora, ou dentro d'água fria.
Poderei viver sem um pouco de tanta harmonia.
Poderei eu deitar, à noite, sem ouvir sua voz...
E eu digo, que por enquanto sem seus braços eu fico
mas não se ouvir sua voz.

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

diversidade...

Multiplas faces,Não que dizer que não saiba quem és,
não quer dizer que és falsa, mas sim, 
que seu rosto vive.
Assim como o que sente.
Ter outros rosotos
não significa que você não é você,
nem que  você é ''varias pessoas'',
mas sim,  que vive e não quer nem saber
se vão rir de você.
Apenas quer que sua alma se liberte
e demonstre a todos o que vive sentindo.
Faces são faces,
coloridas ou incolor,
elas são o que é você.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Até quando?

O que seria do verão sem as chuvas de final de tarde? Outra qualquer estação. 
O que seria de São Paulo sem montas de lixos por calçadas, bueiros entupidos, engarrafamentos, alagamentos nos fins de tarde? Outra cidade qualquer!
O que seria da Serra do Rio de Janeiro sem as construções nas montanhas, sem as pousadas que davam um ar de friozinho? Outra região qualquer!
O que seria do homem se respeitasse a natureza? Um ser mais sábio! 

Acho que ando meio desumana, vendo todo os noticiários sobre a catástrofe na Região Serrana do Rio só consegui me comover quando uma senhora foi salva por vizinhos e não conseguiu salvar seu cachorrinho. Nessa hora meus olhos se encheram de lágrimas e num impulso falei: Caraca! O cachorrinho, cara! 
Por que não senti pena das pessoas? As crianças soterradas? Famílias inteiras destruídas? Bairros que deixaram de existir?
Não sei bem o motivo, mas sei que me indigna esse minha falta da humanidade, assim como o desrespeito que temos para com a natureza, ou um para com o outro.

Ver corpos sendo jogados em frigoríficos por não haver vazão de tantos mortos é... É... Mais do que triste.
Não morreram só pessoas, morreram cidades, uma parte de um estado...E até quando vai ser assim?
Até quando chuva de verão vai ser sinônimo de catástrofe?

E aos que pensam que isso tudo só vai atingir a determinada região do Estado, pensa errado.  Região serra é o cinturão verde do RJ responsável pela produção de legumes, verduras e frutas que abastece todo o Estado...  
Sinto que muito coisa ainda vai acontecer.

''vamos pedir piedade, senhor piedade'' 

Queria um pouco mais de respeito e humanidade...Quem sabe com o tempo. 
Esperança.


quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

quando vai acabar?

Ufá!  Será mesmo que está na hora de desabafar?
Esses últimos meses têm sido um tanto quanto que... Que eu não acho nem definição.
É uma mistura muito grande de sensações, certas coisas andam tão mais leves, quanto outras ganharam um peso absurdo, que não faço idéia de onde tenha vindo.
Nesses dias minha vida vai ganhando definições e eu tenho apena que esperar que aconteça algo, para enfim tomar decisões.
Vestibulares... Posso dizer que eles quase me enlouqueceram e continuam, notas saindo por ai...
Porém saber que fiz minha parte é um alívo, e ver que passei(uerj) e outro maior ainda. Contudo a UFF tem o dom de me fazer ser pura ansiedade, lança as notas, um listão, mas nada do bonus do pessoal da cota, a apreensão toma conta: será possivel eu cair 19 posições por causa dos 10% alheios e ficar de fora do curso que eu tanto quero, que só exista na UFF? Ora penso que não, ora não sei o que pensar e o resultado final só dia 28.  Até lá, obedecer minha dentista é difícil e não roer as unhas é quase inevitável.

Me acalmar? Música... só. Ouvindo, ou cantando...

"Cantar esquenta a alma


Cantar acalma e traz felicidade, meu bem

Quando eu canto me sinto imune ao mal

Elevo o pensamento imune ao mal

Cante para aliviar seu pranto

Cante para não dormir no ponto

Cante pra ficar numa legal

Faça como o grilo

Sem grilo canta pro seu bem chegar

Ou faça como o galo

Que canta para o dia clarear

Ouça a cigarra

Que canta quando o clima esquenta

Solte a garganta

Cante comigo

Lalalaiá laiá laiá"  - Quem canta - 4cabeça
 
 
E eu já não sei mais nem o que falo, escrevo...
e por aqui vou parando. Antes que a coisa piore.rs