segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Passou por mim.

Era um dia bonito, o céu estava em um belo azul, quando de repente umas nuvens não convidadas foram aparecendo e se instalando. Eram nuvens cinzas, não muito cinzas, cinzas clarinhas, não aquele cinza quase preto, era um cinza, mas não era aquele cinza, enfim, só sei que pareceram gostar daquele céu, tanto que por lá ficaram. Foi então que o dia pareceu ter ficado meio tristonho, eu estava debruçada no muro de minha casa, que não é muito alto, nem muito baixo, é da medida exata para eu me debruçar, ele não é assim exatamente por esse motivo, isso é apenas coinscidência. Não ventava, na verdade minto, na hora em sí começava a ventar, um vento leve soprado do mar, não muito forte nem muito fraco, era um vento com velocidade de vento e de nome sudoeste.
Quando estou de frente para  o mar, o sudoeste vem pela minha direita, quando de costas para o mar vem de minha esquerda, como minha casa fica de costas ao mar, o vento soprava da minha esquerda e ia embora.
Bem no alto, em um dos muitos fios que ligavam os postes da rua, haviam dois passarinhos, apenas dois, nem um, nem três, nem quatro, somente dois passarinhos, ficaram por lá um tempo até que resolveram voar.


Eu bufei com o tédio de repente instalado... O ar melancólico ficado, quando supreendemente avistei ao longe, lá no final da rua, ou começo, dependendo de onde  se vem e para onde se vai, que seja, mas avistei um homem simplório que trazia em mãos, apoiado no ombro um daqueles mostruários, onde se tinha a coisa mais bonita, colorida, doce e açucarada. Avistei um vendedor de algodão-doce, quais os saquinhos que os envolviam tinham balões de encher pregados nas pontas.

 Foi quando aquele dia, que tinha por segundos se tornado tão sem graça e cinza, ganhasse um gostoso e doce colorido...O homem continuou a caminhar, passou por mim, sorriu, acenei e lá se foi o vendedor de cores e sabores a seguir o caminho sendo levado pelo sudoeste que soprava mais forte, como se quisse guiar o vendedor a algum lugar em especial.

2 comentários:

Gisele Boltman disse...

Ahhhhh dorei!

Seus textos me fazem sorrir e me emocionar. :)

Eu sou uma criança incurável, amo algodão doce, maçã do amor, circo, desenho animado, fantoches.....

Percebi uma coincidência hoje, nossos respectivos avatares do blog, já reparou?


Beijoca

Bruno Venâncio disse...

Definitivamente a beleza da vida está nas coisas mais simples, mais precisamente naquelas que nos remete aos tempos onde vivíamos mais plenamente: a infância.

Parabéns pelo texto minha cara.

Um grande beijo!!