sexta-feira, 24 de julho de 2009

Um toque vermelho. II


Continuando...
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Mas o telefone continuava em seu silêncio morbido. Ela quase entrando num desespero íntimo, ainda tenta se acalmar, mesmo que a ansiedade continue a bater forte em seu peito.
Lá fora,agora, passa a cair uma chuva, não muito forte, nem muito fraca,mas com intenssidade o bastante para lhe trazer lindas lembraças. Das vezes que pode divir dias assim, chuvosos e frios com a pessoa amada. Ela então se levanta e caminha até a janela.Reenconsta a cabeça no virdro e do alto de seu apartamento ela admira a preciptação que caí do lado de fora. Os pingos que lavam a janela e vão tranquilizando a alma. Lá em baixo ela nota um guarda-chuva,grande e colorido,que se destacava em meio a tanta água naquele fim de tarde.Um fio de esperança se reacende em seus olhos, mas logo se vai juntamente a medida em que o guarda-chuva se afasta.
Um sorriso de canto de boca é dado involuntariamente. Será que ela avistou quem tanto queria ver?! Será que a chuva lhe trouxe seu amor!? Não, foi mais uma boa e gostosa lembrança que veio a mente, ao coração.
Ela permanece de fronte para a janela por mais alguns longos minutos.Ora ou outra ela olha em direção ao aparelho telefonico, mas nada dele tocar. A noite já tinha chegado, já tinha disvirginado o dia e junto de ti foi trazendo uma triteza, uma incontrolável saudade.
Ela voltou ao sofa, olhou para a TV, riu com o caso que passava, mas logo se desisteressou, olhou para o teto, esse que costumava ver sempre enquanto repousava naquele colo, que julgava o melhor do mundo. Era incrível, qualquer coisa que fazia, lembrava sempre de momentos em que ela dividira com quem acreditava que viveria para sempre ao lado.
Uma lágrima percorre por todo seu rosto,como se quisesse lavar algo.Ela deita em meio as almofadas,não tão aconchegantes como aquele colo. Ainda há esperanças do telefone tocar, sim, ainda há.A madrugada já vinha dando as caras. O fato do sono chegar,fazia com os olhos marejados se fechassem algumas vezes, o fato de não se levantar e ir dormir no quarto, era o vazio que ele estava. A cama tão grande, só pra ela, não fazia sentido agora.
O telefone então dá sinal de vida e toca. Ela sem prensar atende de pronto: Alô!
dooutro lado da linha só se houve a respiração...
Ela_Alô!Meu amor é você?? Diz que é, só pode ser você. Por favor, responde!
Outro lado da linha_Aí é da casa da 'Fulana de tal'?
Ela_Não meu Senhor, foi engano, não tem nenhuma Fulana de tal aquí.
Outro lado da linha_Ah, me desculpe, sim.
Ela_ Por nada!
A sensação que teve, era que estava fazendo papel de idiota. O telefone não tocaria, não sendo a pessoa quem ela queria que o fizesse tocar. A raiva, as confusões, foram muitas. Ilusão dela achar que toda a felicidade poderia retornar. Mas uma conversa, uma única conversa, talvez dechassem as coisas em um estado melhor,ou não. A certeza já não era algo que ela quisesse de fato.
De tão ligada, naquele antigo aparelho verlho, ela não se deu conta, ou não lembrava de seu celular, este que tinha uma seguinte informação : "1 mensagem não lida".
Sim, seu amor tinha lhe deixado uma mensagem em seu celular, mas sua distração e angustia não fizeram pensar nessa possibilidade. Talvez a resposta que ela tanto queria estava alí, em algumas poucas palavras enviadas ao seu celular.


Continua...

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