terça-feira, 28 de julho de 2009

Um toque vermelho. III


Continuando...
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A mensagem continuava sem ser vista em seu celular, este que estava na escrivaninha em seu quarto. Mas ela não queria voltar ao quarto,não queria estar alí,no lugar onde passaram os melhores momentos de sua vida. Que agora está frio e vazio, mas cheio de lembraças calorosas.
A madrugada chegou com tudo e, o sono abateu-se sobre ela, que sem perceber dormiu naquele sofá,onde passou todo o dia. Dormiu encolhida, sem o afeto de quem tanto ama, dormiu com a esperança de o telefone tocar e ela ouvir então a voz que tanto queria escutar.Sonhou em que estava novamente em seus braços, mas era só um sonho, um lindo sonho.
A manha já havia chegado. O sol tímido queria adentrar aquele apartamento tristonho, tentava atravessar seus raios pela janela e, por fim pela curtinha e iluminar a face daquela bela mulher adormecida e despertá-la para vida. Que acreditava o Sol,devia seguir em frente.Ela não deseja acordar, pois enquanto repousava tinha sonhos, sonhos lindos e quando acordava,julgava ela viver um pesadelo, um terrível pesadelo.
Vencida pela claridade, vetanta-se e vai caminhando em direção ao banheiro, afinal, precisava de um banho para acordar pra vida. Foi o que fez, uma balde de água fria,foi o que tentou fazer. Jogar um balde de água fria para ver se despertava realmente, mas na hora 'H' preferiu um bom banho, quente e demorado.
Voltou ao quarto, vestiu-se e foi preparar o café. Ela não fazia ideia de que seu amor,tinha sim,dado sinal de vida, queria falar algo pra ela, porém, seu estado de zumbi, quase não deixava agir como sempre agiu.Aquela mulher racional e realista tinha sumido, saido porta à fora, junto ao seu amor.
Decidida, terminou o café e foi dar um volta pela cidade. Ver o mar, se distrair.
Pegou as chaves de seu fusca, que também era vermelho e foi, desbravar aquela cidade, qual acreditava ter belos lugares.
Meia hora depois que saiu de casa, seu amor chegou, tinha a chave, afinal viva com ela. Foi até o apartamento 507 no sétimo andar, tocou a campainha, mas ninguém atendeu.Resolveu entrar, até então não estaria fazendo nada grave. Assim que adebtrou, pode perceber a tristeza ambiente, o frio que estava alí.Abriu as cortinas, o Sol entrou ilumando toda sala, foi até a cozinha, deu uma ajeitada. Voltou a sala e resolveu ligar para saber onde ela teria ido. Seu celular chamou, chamou,chamou, mas ninguém atendeu.Achou então que ela não queria papo.
Pensou em escrever um bilhete e ir, mas não teve coragem, não soube o que dizer,deixou somente uma caixinha,cor de rosa,sobre a mesa.Bateu a porta e se foi,assim como da primeira vez.
Ela voltou logo,depois de ter derramado algumas lágrimas de tristeza, de saudade, e dado alguns sorrisos, voltou ao apartamento, agora com um pouco mais de força. Assim que chegou, notou que alguém havia estado alí e, esse alguém era a pessoa que ela conhecia muito bem, era sim, seu amor.
Pôs as chaves sobre a mesa e então viu a caixinha, pequeno embrulho que não estava alí quando ela tinha saido pouco antes. Na mesma hora pegou e ia abrindo,quando parou e pensou. Pode ser a aliança, a decisão definitiva que tudo estava realmente acabado.
Olhou para sí, disse em voz alta: "deixe de ser medrosa e negativa, abra de uma vez e resolva sua vida, seja o que tiver de ser". Então abriu a caixinha,sim, a aliança estava alí, mas com um bolhete :" me desculpe,não era a intenção, eu te amo e sempre vou te amar, um amor como nosso jamais se acaba. Hoje não posso te fazer feliz como sempre prometi,quem dirá te fazer feliz por tada a vida,pra sempre é algo muito vago. Não quero lhe ver sofrer, me desculpe,por favor?! Mas saiba,que será a mulher da minha vida,hoje e eternamente! "
Para ela, foi como se tirassem seu coração fora. Pq deixá-la, ela era feliz, se amavam.Não tinha nexo, parecia uma desculpa esfarrapada.Era sem sentindo. Mas ela tinha uma resposta. Não tinha mais pq eperar um telefonema, podia retirar as esperanas de seu coração.Naquele papel tudo ficou claro, tinha de fato, acabado. Não o amor,mas o relacionamento havia se esgotado, tinha sim, tudo terminado.
Lembraças eram o que devia ficar, boas e cheias de saudade. Mas ela sentia mas falta do que não acontecera, dos filhos que não tinham, das viagens que não fizeram, do que tinham planejado e não viveram.
Mas como tinha conseguido forçar novas, ergueu a cabeça. Decidida, vai seguir em frente, mas com uma ideia na cabeça e um desejo no coração. Pra ela o amor é tudo de importa, se este tinha por acaso dado errado, ela daria um jeito de jamais cometer o erro novamente.
Sorriu e saio porta à fora, já tinha traçado um caminho, sabia muito bem onde ia chegar. E foi ao...

Continua...

Um comentário:

Inamovível disse...

Adorei ver seu nome por lá. Será um prazer receber suas visitas :)
Parabéns,você escreve muito bem,também estarei sempre de olho na "Boresta"

Beijos.